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O Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, contou com alta de 0,9 ponto em fevereiro, alcançando os 93,7 pontos. Apesar do crescimento, esse resultado não anulou a queda sofrida em janeiro pelo indicador. Por essa razão, o ICST se manteve abaixo do patamar de neutralidade.

Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, explica que não houve grandes mudanças no cenário setorial entre janeiro e fevereiro. “Assim, a alta da confiança no mês surpreende por refletir expectativas de curto prazo mais favoráveis”. Ela lembra ainda que ocorreu um certo exagero na percepção de pessimismo no mês anterior. “Agora o indicador retoma um patamar que aponta cautela com a evolução da demanda nos próximos meses”. Em sua opinião, a verdade é que as empresas vivem um cenário de muita incerteza: juros e custos em elevação aumentam a imprevisibilidade para o setor. “Provavelmente ao longo do ano, essas oscilações da confiança deverão ser recorrentes”, avalia.

Fonte: FGV IBRE

Inflação setorial

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) também sofreu variação positiva em fevereiro: 0,48%. O valor se mostra inferior ao obtido em janeiro de 2022 (0,64%). Com este resultado, o índice acumula alta de 1,12% no ano e 13,04% em 12 meses.

A taxa correspondente a Materiais e Equipamentos mais uma vez foi a principal influência para a alta registrada, com avanço de 0,56% em fevereiro. O percentual se mostra menor que o obtido no mês anterior, com 1,05%. Somente como referência, a variação do índice da Mão de Obra foi de 0,19% em fevereiro, ante 0,14% em janeiro.

As maiores altas registradas pelo INCC-M ficaram por conta das categorias revestimentos, louças e pisos (2,54%), pedras ornamentais para construção (2,11%), material de madeira (1,3%) e esquadrias e ferragens (1,08%). Já em relação aos produtos, os itens com os maiores aumentos foram elevador, com 1,83%, e massa para concreto, com 1,7%. Por outro lado, houve recuo nos preços dos vergalhões e arames de aço ao carbono (-1,98%), tubos e conexões de ferro e aço (-1,38%), produtos de fibrocimento (-0,25%), gesso (-0,09%) e tubos e conexões de PVC (-0,01%).


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