A Fundação Getulio Vargas registrou novamente um aumento significativo nos preços da construção civil em junho. A elevação do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) alcançou os 2,81% e a maior contribuição dessa vez ficou por conta da mão de obra, que variou 4,37% no período.No entanto, a taxa correspondente a materiais e equipamentos também contou com elevação de 1,58% – uma pequena queda em relação a maio de 2022 (1,67%).
Entre as categorias que tiveram as maiores elevações estão material metálico (4,07%), material à base de minerais não metálicos (2,32%), material para pintura (2,20%) e esquadrias e ferragens (1,31%). Em contrapartida, instalação elétrica e revestimentos, louças e pisos recuaram -1,36% e -0,07%, respectivamente, conforme dados do levantamento.
Vergalhões e arames de aço ao carbono foi a linha de produtos que sofreu a maior alta, com 6,76%. Por outro lado, houve queda nos preços dos condutores elétricos (-4,33%), tubos e conexões de ferro e aço (-0,74%), placas cerâmicas para revestimento (-0,37%), rodapé de madeira (-0,23%) e pias, cubas e louças sanitárias (-0,14%).
Confiança
Por sua vez, o Índice de Confiança da Construção (ICST), do FGV IBRE, teve uma elevação de 1,2 ponto em junho e atingiu os 97,5 pontos. Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, afirma que, na comparação interanual, o avanço é claro, com melhora de quase todos os indicadores (confira no gráfico abaixo). “O destaque negativo é a piora na percepção relativa à situação corrente dos negócios, que pode ser relacionada a maiores dificuldades de acesso ao crédito e ao aumento dos custos setoriais”, supõe. “Já na comparação com o final do ano, a melhora da confiança não é tão significativa, o que sugere moderação no ritmo de crescimento, que sofre com os efeitos de um cenário mais desafiador enfrentado pelas empresas”.
