O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), atingiu os 77,0 pontos em fevereiro – elevação de 2,9 pontos sobre o resultado anterior. Esse foi o maior patamar alcançado pelo indicador desde agosto de 2021, período no qual alcançou 81,8 pontos.
Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens do FGV IBRE, comenta que os dados do levantamento revelam uma avaliação menos negativa sobre a situação atual e um aumento das expectativas em relação aos próximos meses. “O destaque foi o aumento da intenção de compras de bens duráveis, em queda há cinco meses consecutivos”, ressalta. Outras possíveis influências são a repercussão positiva do Auxílio Brasil nas faixas de renda mais baixas, perspectivas mais favoráveis sobre o mercado de trabalho e situação econômica que voltaram a ficar mais otimistas, com indicadores superando o nível neutro de 100 pontos. “Mas é preciso ter cautela, o nível ainda é muito baixo em termos históricos e o comportamento volátil dos consumidores nos últimos meses mostram que a incerteza elevada tem afetado bastante a manutenção de uma tendência mais clara da confiança no curto prazo”, adverte.